O vídeo a seguir é fruto de uma conversa deliciosamente útil para todos e todas as aspirantes da diplomata, transmitida ao vivo no YouTube em 01 de julho de 2023, que eu tive com o João Pedro Portella, diplomata aprovado com a maior nota de HB do CACD 2022:
A preciosidade dos conteúdos expostos pelo João Pedro neste vídeo (gravado ao vivo em 01/07/2023) só pode ser plenamente vislumbrada diante do seguinte contexto:
- As 2 questões da prova de História do Brasil da 3ª fase do CACD 2022 que foram interpretadas pela maioria dos candidatos como sendo perguntas sobre “história da cultura” (o que é um diagnóstico impreciso e quase totalmente equivocado, do ponto de vista teórico metodológico) foram as que renderam, em média, as maiores notas (proporcionalmente) entre os aprovados, enquanto as menores médias entre os diplomatas empossados no ano passado vieram justamente das outras 2 questões sobre temas que se restringiram ao tipo de conteúdos que eu costumo jocosamente chamar de “feijão com arroz gourmetizado”, tais quais a política e a administração da América Portuguesa ou o movimento republicano durante a Crise da Monarquia.
- Das 4 questões discursivas de História, a que teve a menor média (em termos proporcionais) foi justamente a primeira, aquela do famigerado “paradigma jurisdicionalista”, que ninguém que fez a prova sabia o que era e foi correndo pesquisar quando voltou pra casa.
- A resposta que obteve a maior nota nessa que provou ter sido a questão mais difícil da prova discursiva de História em 2022, com uma nota média de 55% (considerando apenas os aprovados e classificados dentro do número de vagas, ou seja, as pessoas que terminaram o concurso no topo do ranking de notas do resultado final do concurso publicado no Diário Oficial da União), rendeu ao seu autor mais de 10 pontos de vantagem diante de seus concorrentes mais competitivos, numa única questão, contribuindo para a obtenção da nota mais alta da prova discursiva de História do CACD 2022 (86,50 de 100,0), somando quase 18 pontos acima da média das notas de HB de seus concorrentes mais diretos (e agora diplomatas), com uma larga folga de 6,0 pontos de “distância” em relação à 2ª nota mais alta nesta mesma única disciplina.
Pois então… agora sim dá pra entender o valor do conteúdo que você está prestes a assistir de graça: o “santo” que fez esse “milagre” de obter uma vantagem relativa tão expressiva numa única questão de uma única disciplina do certame chama-se João Pedro, e ele topou te contar como fez isso e qual foi o método que utilizou para converter em mais pontos os mesmos conteúdos que você agora pode ler no Guia de Estudos da turma dele (o Guia da Ema Oblíqua e Dissimulada), disponível publica e gratuitamente, e verificar com seus próprios olhos que, em sua quase totalidade, também eram do seu conhecimento.
Em outras palavras, o João Pedro alcançou esse feito extraordinariamente eficiente utilizando praticamente os mesmos “ingredientes” de que você e a maioria dos concorrentes mais qualificados dele dispunham no dia da prova. Mas, de alguma forma, ele fez escolhas estratégicas, treinadas de forma sistemática, repetida, diligente e autônoma, que lhe renderam uma vantagem em relação à média dos atuais diplomatas aprovados em 2022 correspondente a mais de 1/3 dos pontos em disputa em uma única questão – e isso conferiu a ele, numa única disciplina, uma nota cerca de 25% superior à nota média dos seus atuais colegas de turma no Instituto Rio Branco.
Trocando em miúdos, ele masterizou as habilidades e técnicas necessárias para fazer, dos ingredientes mais simples e disponíveis, o “feijão com arroz” mais saboroso dentre as respostas à questão mais difícil da prova de História do CACD 2022 (cuja média, apenas entre os candidatos daquele ano que se tornaram diplomatas, não alcançou nem os 70 pontos). A mesma prova que fez com que apenas 25 pessoas, dentre milhares de candidatos, conseguissem acertar mais de 70% dos pontos em disputa.
Revelado o milagre e o nome do santo, trata-se agora de analisar, avaliar e discutir seus métodos – e talvez até escrutinar os aspectos da preparação dele que você julgar pertinentes para descobrir se ele recorreu a alguma “bala de prata” ou a algum segredo inacessível para a maioria dos demais candidatos.
Foi o que fizemos (eu e as pessoas que fizeram assistiram ao vivo e fizeram muitas e muito boas perguntas em tempo real).
Foi o funeral definitivo de quase todas as paranoias e mistificações alimentadas, durante anos, sobre o grau de dificuldade das provas de História do CACD, e cujos beneficiários até agora estiveram do lado do balcão que se especializou em criar dificuldades para vender facilidades, com pitadas de sadismo – para a desgraça de muitos dos candidatos que já compraram esse tipo de falácia.
Mas, a partir de hoje, só continuará caindo no golpe quem realmente desejar ou precisar alimentar eventuais tendências masoquistas, o que aposto que não é o seu caso.